terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Levando fé na molecada!

Numa só escalação o time encaixa nos posicionamentos táticos mais usados, inclusive no que Abel usará.


Oi, pessoal.

Se você chegou aqui, possivelmente estava comigo lá no Panorama Tricolor, onde falava sobre minhas primeiras impressões da nova diretoria, como também do porque estou confiante no time que se desenha.

Sem nenhuma pretensão de trazer um estudo profundo, até pelo tempo escasso, só me animei porque adoro estudar e falar do time que joga, do futebol em si. Por pouca informação e nenhuma vivência dos bastidores, evito as certezas e fico com as dúvidas naturais quanto aos gestores e a política do clube.

Infelizmente, o que mais acontece nos clubes de futebol são negociatas e acertos por fora. Não  é diferente no Fluminense e só temos que pressionar na esperança que se sintam inibidos e que coíba o máximo para que nossa instituição não pague um preço tão alto.

Até lá, creio que deveria haver a união de todos os torcedores do país para as mudanças na lei para que dirigentes sejam penalmente responsabilizados e não só, institucionalmente. Eles vivem numa espécie de foro privilegiado, onde dormem "tranquilos" sob o sono dos desmandos e da impunidade.

Vamos ao jogo! Ao observar as gravuras acima, você verá que escalei Henrique Dourado no time que deverá ser o escalado por Abel para a partida contra o Criciúma, já que Richarlison está na Seleção Sub-20. Nos outros exemplos, é do garoto a titularidade com à benção de João de Deus.


Você também reparará que só escalei o goleiro na mesma gravura. Queimarei minha língua rindo à toa se Cavalieri conseguir ser um goleiro ágil e agressivo ao invés de pesado e lento. O tempo e o biotipo jogam contra ele. E por anos com Ricardo Pinto e Fernando Henrique, duas tragédias no gol, a posição me é traumatizante. Cava não seria mais meu titular.


Então deixemos de papo e vamos para os "conformes":

Finalmente, o Fluminense vira a página da Era Unimed, muitos craques, muita confusão, um time sem cara tática que dependia de uma lance individual porque lhe faltava coletivo.

E quando falta o coletivo, porque não há arrumação com encaixe de característica entre os jogadores, os mais talentosos sofrem para fluir seu jogo e o rendimento de todos caem.

Por isso, mesmo com os medalhões da Unimed, o Fluminense teve temporadas horrorosas, livrando-se de rebaixamentos graças aos garotos, por ironia ou não do destino, como em 2006, 2008, 2009 e 2013 (lembrem que o gol que nos salvou foi de Samuel em vitória sobre o Bahia).

Milhões de reais passaram pelo clube e, realmente, por 15 anos, confesso que cobro mais títulos, especialmente, em estaduais. Só que pela primeira vez em muito tempo, vejo o Fluminense montar um time com a cara do Fluminense.

Não me refiro ao Fluminense da Unimed, do "oba-oba", me refiro a essência da história do Fluminense que sempre montou times com jovens, enquanto os rivais cariocas montavam, segundo a imprensa, seleções! Resultado? O "timinho" se destacava, dava trabalho e por muitas vezes era quem triunfava.

Ponto para o presidente Abad. Trouxe dois profissionais boleiros e identificados com essa nossa história, Alexandre Torres e Abel. A promoção do Marcelo Teixeira e a nomeação de Fernando Veiga vejo com desconfiança natural já que o primeiro é chefe desse scout desastroso da gestão Peter e o outro é parte do grupo que errou junto com o ex-presidente.

Deles, eu vou esperar bom senso e inteligência: do primeiro para diminuir substancialmente os erros cometidos e que ele conhece, viu, testemunhou e fez; e do novo vice-presidente de futebol para que evite tanto a insegurança quanto o que ela acarreta que é se proteger na arrogância. Se não tiver convicção, ótimo. Bom sinal. Isso o fará analisar mais as variáveis e outras ideias, para então escolher, aí sim com convicção, a melhor dela.


Esse equilíbrio de perfis tem tudo para fazer do Abad um presidente muito mais competente que seu antecessor, embora isso não exija tanto. Vamos ao campo: ao contrário do que foi noticiado, o Fluminense deu uma sorte em ter dois segundo-volantes para a "volança".

O fato de termos ou um Edson ou um Pierre tranca muito a  fluência de jogo, porque os meias de hoje em dia também não têm a bola longa, são carregadores da pelota, cabendo aos volantes serem "volantes modernos", tipo como eram Gérson, Clodoaldo, Falcão, Sócrates, Silas, Delei, sabe? Bem "modernos"...

Na variação do Chelsea, 1 lateral vira o 3º zagueiro.
Sem a bola, o lateral e o volante voltam à primeira linha que é de 5 como os italianos usam.
Ou fazendo duas linhas de 4 como usa o Atlético de Madrid.






Orejuela e Douglas nem em sonho são assim, mas se compararmos a dupla de volantes do ano passado e a dos outros times brasileiros, têm tudo para ser a razão que dará mais dinâmica ao time porque eles dois têm tanto a pegada quanto a qualidade de passe. Graças a isso, as variações táticas serão possíveis porque é ali na meiuca que ocorre tanto a construção quanto a recomposição do time e, para isso, o meio não pode ter Pierre, Cícero e Edson...

Com Pierre e Cícero, além dos problemas reumáticos, você não tinha um cabeça-de-área com esses dois recursos ao mesmo tempo. Lembrem-se também que Orejuela e Douglas são jogadores com 22, 23 anos, cheios de gás e sonhos.

Na criação, armação e ataque, a mudança é igualmente substancial: Sornoza é um dos melhores jogadores da América do Sul. Completa e preenche o vazio que distanciava nossos melhores jogadores, Scarpa e Welington, e ainda chega com mais qualidade e decisão na área, algo que não tivemos nem teremos nunca de Marcos JR, Osvaldo, Danilinho, Dudu, Felipe Amorim...

Para melhorar, como a dupla de volantes sabe marcar e passar, o trio de meias receberá essa bola redonda, o que é determinante para que prendamos a bola na frente, pensando mais a criação, e também para a defesa, que respira quando seu time mantém a posse de bola na frente.

A recomposição para o 4-4-2 se encaixa.
O Fluminense que se desenha me lembra muito a maior essência histórica do Fluminense. E estou confiante e com boa esperança que essa garotada, será a mais nova versão dos "Timinhos", que ninguem dava nada mas se destacava e papava títulos.

Isso pode até não ocorrer  porque vários fatores contribuem a favor ou contra, mas que sei que esse Fluminense, com essa molecada, representará o retorno do nosso Fluminense em campo, após longo 2016 tirado de nós, vai. E Abel sabe disso. E eu também.

Vamos, Vamos, Vamos, Tricolor!

::Toques rápidos::

- HENRIQUE DOURADO:

HD pode ajudar por ser mais experiente que o afobado e pressionado Richarlison. É como pensa Abel que prefere centroavantes cascudos. Mas Henrique Dourado é tão tecnicamente atrapalhado, briga tanto com a bola, é tão rejeitado pelo torcedor que dificilmente se manterá titular nas competições mais importantes como Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana, isso se completar 3 jogos seguidos. Então, não me preocupo com ele.


- DARIO CONCA NO MAL:

Se eu contrataria Conca lesionado e acima do peso para atuar somente a partir de maio? Claro! Mesmo ele parado, movimentaria as crianças, os jovens. O futebol é feito de sonho, do imaginário, do ídolo também.
Mas se eu tivesse que escolher só um a trazer: ou Conca com 34 anos ou Sornoza com 22 anos e destaque da Libertadores? Sem pestanejar traria o Sornoza.


- A VENDA DE GUSTAVO SCARPA:

Eu acho às vezes que nos tratam como retardados só porque somos torcedores. Então nós não sabemos que a realidade é essa: Scarpa, Neymar, Ganso, Kaká, Ronaldinho Gaúcho e 99% dos jogadores brasileiros vivem e trabalham por um objetivo, fazer seu pé de meia; e um sonho: jogar na Europa. Abrem mão do sonho quando há quantias espantosas de mercados como o árabe ou chinês.

Do outro lado,  os clubes que mal têm dinheiro para formá-los, sendo devedores dos agentes, precisam de receitas para conseguir pagar as contas. A realidade dos nossos clubes é altamente precária e sei disso e sei que venderemos o Scarpa, desejo a ele toda felicidade do mundo e espero que o Fluminense já esteja preparando o Danielzinho para seu lugar. Só para dar um exemplo.

O resto é demagogia. Bola pra frente!

- REFORÇOS

Falando em demagogia,  o que são reforços? Nesse tempo acompanhando futebol aprendi que nem toda contratação é reforço e nem todo reforço é contratação. É! (rá). Orejuela e Sornoza são reforços. Dois jovens jogadores que chegam como grandes destaques de um clube vice-campeão da Libertadores.

Giovani, Pierre, William Matheus, HD, Felipe Amorim, Dudu, Victor Oliveira, Guilherme Santos e tantos outros, foram contratados mas não são reforços e ainda atrapalham, tiram o espaço dos meninos do clube, porque vêm bancado por seus agentes que têm "amizade", "boa relação", com dirigentes.

E por fim, nem todo reforço é contratação, por isso existe a famosa barca. Do clube, em menos de um mês de trabalho, já saíram umas duas cheias. Faltam ainda uns cinco, seis jogadores. Até o Brasileiro, vai. O Vasco está com jogadores em linha decrescente, contratou mais dois, Scudero e Wagner. O Fla e Botafogo apostam suas fichas em jogadores com mais de 32, 33 anos. Gosto do caminho que o Fluminense escolheu, sinceramente.

Por fim, mas não menos importante: viram como cobro, apoiando? Também apoiarei, cobrando e muito. Se um tricolor fosse uma marionete, seria Flamengo, não tricolor. Os gestores, principalmente, do marketing e da comunicação que trabalham nas redes sociais precisam conhecer o perfil com respeito e nunca, nunca, nunca, querendo modificá-lo porque lidar com marionetes é menos trabalhoso.

Futebol é raíz. Torcedor do Fluminense tem a sua. Descubra como lidar com ela da melhor maneira porque é a torcida seu único ativo permanente. Não a diminua. Não a despreze. Não deboche dela como há meses atrás ocorreu através da conta oficial do Twitter.

Todo aquele que se julga profissional e preparado para ocupar um cargo ou função no clube de futebol tem que ter em mente que seu cliente é o torcedor. Para ele, tapete vermelho.

Para ele, como profissionais que devem ser, tolerância, paciência e a sapiência e controle do ditado que corretamente fala: "O cliente tem sempre razão." Todo profissional que lida com público deve agir assim, imagine quando esse lida na relação de paixão, irracional, mas fiel, do clube de futebol em precariedade como os brasileiros e seu torcedor - consumidor? Aí mesmo que tem que bajular e tratar sempre como o chefe. Se não aguenta os absurdos da irracionalidade e a instabilidade dos sentimentos de um torcedor e do futebol, dirija-se para outros ramos. .


E QUE VENHA DIA 24! OI, JUIZ DE FORA! VAMOS, FLUZÃO, VAMOS, GANHAR, EU SOU DO CLUBE TANTAS VEZES CAMPEÃO!

Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

PS: até ontem, Renato treinava como lateral direito. Naturalmente, Lucas virou dono da posição.

4 comentários:

  1. Crys,saudações tricolores!

    Também estou na torcida e apóio a garotada.

    Em 1980 também havia muita desconfiança...

    vou compartilhar no Twitter ok?

    Flu Maior.

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  2. Boa noite Crys,
    Gostei e muito da sua análise à respeito do nosso Fluminense.
    Também compartilho suas opiniões sobre a nossa essência.
    Fiquei satisfeito, o que nem sempre acontece quando leio os blogueiros tricolores ou os comentários pra arrogancia ou falta de respeito ao nosso time.
    Me deu vontade de escrever muitas coisas, porém o espaço é seu. Um grande e fraterno abraço tricolor. Silas Teixeira

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  3. Faço minha as palavras do Silas Teixeira.
    Parabens Crys!
    Saudações tricolores!

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  4. Muito obrigada, pessoal. Pode escrever a vontadr. O espaço é de todo tricolor que queira externar suas observações, claro, dentro da fidalguia rsrs
    ST a vcs.
    Obrigada mesmo.

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